O objetivo principal das políticas de mobilidade urbana é garantir igualdade de direitos a todos os cidadãos para ir e vir, segundo suas necessidades e interesses. Assim sendo, muito se avançou quanto a legislação, fiscalização e equipamentos. Os avanços tecnológicos também voltaram suas atenções para esse setor. Um desses avanços é a IoT (Internet of Things – Internet das Coisas) e suas soluções para os problemas de mobilidade dos grandes centros urbanos.
Número de carros nas ruas
Congestionamentos são os eventos de maior queixa entre os usuários das vias de grandes cidades. O número cada vez maior de carros num determinado ponto provoca lentidão do fluxo nas proximidades de locais como supermercados, shoppings, empresas ou repartições públicas.
Dispositivos de IoT em semáforos ou nos próprios veículos tem a função de monitorar esse fluxo e propor rotas alternativas em tempo real. Os semáforos verificam a quantidade de veículos aguardando a troca de sinal em um cruzamento e podem alterar o tempo de sinal verde para escoar melhor o trânsito no sentido mais crítico.
Esse monitoramento pode também propor desvios muitas quadras antes do ponto de congestionamento evitando que mais carros se dirijam para aquele ponto.
O monitoramento da quantidade de veículos circulando em determinados pontos de uma cidade capacita a engenharia de trânsito no redesenho dos sentidos de tráfego das vias e no investimento em equipamentos que auxiliem os motoristas e pedestres a circularem com maior segurança e rapidez.
De posse dessas informações, as autoridades técnicas e políticas podem decidir sobre investimentos em infraestrutura de trânsito e mobilidade para a cidade não apenas sobre demandas recorrentes, mas evitando transtornos futuros.
Vagas de estacionamento
A falta de vagas nas ruas dos grandes centros urbanos não é um problema apenas para os motoristas. O comércio, principalmente as lojas de rua, perdem muito quando os clientes não conseguem estacionar nas proximidades.
A IoT pode ajudar na solução desse problema com monitoramento de vagas. É possível, inclusive, a reserva de vagas antes de sair de casa com destino a um local específico. Hoje, o controle é feito por parquímetros no local onde o veículo é estacionado. Mas poderá ser possível a verificação e reserva de vagas em local e horário específico antes ou durante o deslocamento.
Uma solução parecida foi implementada na cidade de Pisa, na Itália. Lá, os motoristas são avisados, através de painéis eletrônicos, os locais de vagas disponíveis, tanto pagas como gratuitas.
Transporte público
Este é um setor que tem muito a ganhar com a IoT. Entender todo o fluxo das pessoas para pontos específicos da cidade em determinados horários ajuda o poder público a planejar o transporte coletivo dando maior fluidez às linhas de ônibus, trens e metrôs.
A Internet das Coisas com seus dispositivos instalados em pontos estratégicos como catracas, paradas e plataformas de embarque, monitora com precisão a quantidade de passageiros por veículo, o destino de cada um e em qual horário cada linha é mais procurada.
Os cartões de passagens podem receber chips identificando o usuário e seu comportamento quanto ao uso do transporte público. A análise desses dados permite o desenho de rotas mais inteligentes, quantidade de carros e vagões disponíveis para determinados destinos e horários e redução de custo do transporte através do uso mais racional dos recursos.
Legislação
Tudo o que foi relatado aqui não só é possível como já está acontecendo em vários lugares do mundo. Para acontecer no Brasil também, a legislação de trânsito precisa ser adequada às novas tecnologias.
Um exemplo é a identificação de veículos. Hoje a lei só reconhece essa identificação através das placas e do Certificado de Registro e Licenciamento. Num futuro próximo os carros podem receber chips que podem ser lidos através de radares ou outros dispositivos de uso exclusivo das autoridades fiscalizadoras. Pode-se verificar as condições atualizadas de licença como impostos e multas e as condições de inspeção veicular.
A tecnologia está à disposição. Falta agora o legislador se debruçar sobre as leis e possibilitar essa transição inevitável e muito mais eficiente.
O sistema de monitoramento Datamon possui tecnologia IoT. Descubra agora o que a Datamon pode fazer pela mobilidade urbana.